A Desobsessão Natural

“Aquele que encontrou Jesus já começou o processo de libertação interior e de desobsessão natural.” - Eurípedes Barsanulfo. (Sementes de Vida Eterna, Autores Diversos, psicografia de Divaldo Pereira Franco, capítulo 50).

Encontrar Jesus! Tal como Paulo de Tarso e Eurípedes Barsanulfo O encontraram.
Encontrar Jesus significa libertação. Libertação do passado, dos erros que nos aprisionam como pesadas grilhetas. Libertação de nós mesmos.
Encontrar Jesus, realmente, significará mudança radical na intimidade do nosso ser. Será a reforma interior definitiva — o nascimento de um homem novo, que veio finalmente à luz d’Aquele que é a Luz do Mundo.
Essa, conforme afirma Eurípedes, a desobsessão natural.
Bem poucos encontraram Jesus em plenitude. A maioria de nós o estamos buscando ainda. Entretanto, aquele que efetivamente encontrá-Lo ficará virtualmente transformado. Identificação com o Cristo significa a eclosão do Amor verdadeiro. Mas, o que se depreende é que nós estamos descobrindo, enxergando e sentindo o Cristo, progressivamente. Lentamente a Sua presença vai sendo percebida em nosso coração. E o Espiritismo veio contribuir de maneira decisiva para esse reencontro sublime, quando tivermos atingido a plenitude da vivência cristã e espírita. Que não desanimemos de tentar. Que não nos desviemos do caminho, porque já o tempo escasseia. Importa manter acesa a chama da fé e a luz da esperança. Embora os empeços na jornada, resultantes da nossa pouca evolução, tudo fazem, para nos sustentar, os seres invisíveis que nos amam e que nos impelem a prosseguir. São os cireneus do amor, que vêm nos apoiar e que aguardam a nossa ascensão. Os sacrifícios que a luta hodierna nos impõem; a firmeza e a coragem de que devemos revestir-nos para resistir às tentações das sombras; os pesados tributos de dor com que a violência e a permissividade dos costumes nos oneram; o esforço titânico para lutar contra as forças negativas, que vêm de fora para dentro e aquelas outras que se movem de dentro para fora, representam para todos nós a arena dos sacrifícios onde fomos colocados para testemunhar a nossa fidelidade ao Cristo. Estamos na imensa arena do mundo, onde as lutas são acerbas e os testemunhos, muita vez, cruciais. Que a Doutrina Espírita, que nos ilumina a alma, possa realmente nos tornar iluminados, no testemunho de fidelidade, de amor e de fé que formos capazes de oferecer. Então, quando tudo terminar, quando se apagarem aos nossos olhos carnais as luzes do mundo, que possamos abandonar o invólucro físico com a serenidade de quem perseverou até o fim. Nessa hora, sentiremos o Amor do Cristo a nos envolver e compreenderemos, por certo, que conseguimos realizar alguma coisa no processo do aperfeiçoamento. E, meditando no infinito que nos aguarda, recobraremos as energias para prosseguir na jornada, que um dia nos conduzirá até Jesus.


OBSESSÃO E DESOBSESSÃO - SUELY CALDAS SCHUBERT


DECÁLOGO DA DESOBSESSÃO - Vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=7X-Iy8TVfnc


MEDIUNIDADE E A BÍBLIA




Muitos desconhecedores do Espiritismo questionam sobre a "proibição da comunicação com os mortos pela Bíblia", o que, digamos de passagem, é uma contradição já que a comunicação com os mortos, a mediunidade, está em toda a Bíblia. Vejamos algumas passagens:
  • Em I Samuel, cap. 28, o rei Saul procura a médium de En-dor para consultar o profeta Samuel, já desencarnado.
  • Em Ezequiel, cita a intervenção de Espíritos sobre o profeta. Está nos capítulos 2, 3 e 8, dizendo claramente que um Espírito "entrou nele" e o levou ao rio Quebar.
  • Daniel é salvo por um anjo (um Espírito Superior), como consta no cap. 6.
  • O próprio Moisés, ao proibi-las, deixa evidente que as comunicações são possíveis. Não se proíbe o impossível. Ele as proibia para o povo despreparado, mas ele mesmo cita a aparição dos Espíritos a Abraão, a Sara, a Hajar, a Ló...
  • No Novo Testamento, Jesus materializa Elias e Moisés no Monte Tabor (Mateus: 17; Marcos: 9 e Lucas: 9)
  • Na parábola "O rico e Lázaro" (Lucas:16), a comunicação está expressa, sancionada por Jesus.
  • O próprio Jesus ressuscitou dentre os "mortos".
  • Em II Coríntios, Paulo conta seu desdobramento e sua ida à Espiritualidade superior, "arrebatado ao paraíso", onde "ouviu palavras inesquecíveis".
  • Em sua I epístola, João, no capítulo 4, apenas pede que "verifiquemos se os Espíritos procedem de Deus", exatamente como ensina o Espiritismo.
A história das religiões está repleta desses fatos. Os chamados "santos" da Igreja Católica foram canonizados, quase sempre, pelos recursos mediúnicos que possuíam: Agostinho, Tereza d’Ávila, José de Copertino, Antônio de Pádua, Afonso de Liguori e outros, são exemplos inquestionáveis.
Os que se amam não se separam depois de mortos. Os que se odeiam também não.
Fonte: feparana.com.br


A Obsessão

"Até hoje a obsessão não é combatida com a eficiência que merece. E parece-nos bastante estranho, por ser, talvez, a doença mais antiga da Humanidade, em relação a outras tantas prejudiciais. Basta que nos recordemos que, em todos os períodos do pensamento histórico, a obsessão e suas sequelas se têm apresentado ceifando a saúde física e mental dos indivíduos. Terrivelmente ignorada, ou simplesmente desconsiderada, vem prosseguindo no seu triste fanal de vencer todos aqueles que lhe tombam nas malhas coercitivas. (...) A obsessão somente ocorre em razão do comportamento irregular de quem se desvia do roteiro do bem fazer, criando animosidades e gerando revides. Certamente, haverá muitas antipatias gratuitas entre as pessoas, que resultam de preferências psicológicas, de identificações ou reações afetivas. Os dardos atirados pelas mentes agressivas e inamistosas são inevitáveis para aqueles contra quem são dirigidos. No entanto, a conexão somente se dará por identidade de sintonia, por afeição à afinidade em que se manifestam. Por esse motivo, a obsessão sempre resulta das defecções morais do Espírito em relação ao seu próximo, e desse, infeliz e tresvariado, que não se permite desculpar e dar novas chances a quem lhe haja prejudicado. Não ignoramos aqueles que têm gênese nas invejas, nas perseguições aos idealistas de trabalhadores do Bem, mas que também somente se instalam se houver tomada psíquica naquele que se lhes torna objeto de perseguição. (...) O indivíduo que ama a retidão de princípios e os executa firmado em propósitos de elevação moral, mesmo quando fustigado pela pertinácia dos irmãos desajustados e perversos de ambos os planos da vida, não se deixa afetar, permanecendo nas disposições abraçadas, fiel ao programa abraçado. Pode experimentar alguma aflição, como é natural, mas robustece-se na oração, no prazer do serviço que realiza, nas leituras edificantes, na consciência pacificada. Simultaneamente, torna-se amparado pelos Espíritos nobres, seus afeiçoados desencarnados, aqueles que foram beneficiados por sua bondade fraternal, que acorrem a protegê-lo e sustentá-lo nas atividades que lhe dizem respeito. Jamais se curvam sob as forças tenebrosas do mal aqueles que se entregam a Deus, a Jesus e ao Bem, nas fileiras do dever a que se apegam."

Livro: Tormentos da Obsessão
Autor: Manoel Philomeno de Miranda.
Psicografia de Divaldo Franco.